21.8.09

Berlim

O comboio de Praga chegou a Berlim às 13.30h. Mais coisa menos coisa. Saio da pequena Praga para a grande metrópole que é Berlim. Os transportes são uma confusão até percebermos a mágica da coisa. Tornam-se simples depois, mas é preciso decorar o amontoado de letras a que chamam de palavras. Ou então andar a pé e ficar com as pernas moídas. Berlim está uma grande confusão. Aos turistas 'normais' juntam-se os que vêm por causa do Mundial de Atletismo. A cidade virou festival e quanto mais me tento libertar-me da ideia de que tenho uma profissão, há milhares de jornalistas por todo o lado com câmaras e microfones em riste; estradas cortadas, preparadas para a maratona; jogos para crianças espalhados por todo o lado e um ecrã gigante ou simples televisão com uma multidão de gente à frente. 

Assim estava Berlim na quinta-feira quando cheguei. Hoje (na sexta) o ambinete já foi diferente, mas por causa da chuva. Aguaceiros durante o dia e a partir do fim da tarde um temporal daqueles que desanima qualquer um. Serviu para mais uma vez me lembrar da mnha profissão - mas agora por boas razões - e entrar à borla na Neue Nationale Galerie e ver uma exposição de quadros e esculturas surrealistas que era quase tão surreal quanto o movimento que estava a representar. Descobri um quadro favorito novo e uma pintura do Kandinsky que tem tudo para NÃO ser dele. 

Berlim tem bolos de chocolate e muffins a mais para chover. Tem avenidas grandes de mais; monumentos e locais históricos em cada esquina, e milhares de praças (grandes e pequenas) com cafés que nos convidam a sentar mesmo que não estejamos cansados, com fome ou com vontade de beber o que seja, para chover a potes e nos obrigar a ficar no mesmo sítio, abrigados, à espera que passe. Ficou uma sensação de, pelo menos, meio dia perdido e uma série de sítios que precisam de ser vistos de novo com apenas dois dias para o fazer....