Estar de baixa
Estar de baixa é bom nos primeiros dias. Dormimos muito, descansamos o corpo (no meu caso ainda mais porque tenho de estar quieta e com a perna para cima), vemos televisão à tarde sem ser a SIC Notícias e recebemos visitas para o lanche com bolo brigadeiro incluído (Obrigadaaa!). Mas ao fim de alguns dias a coisa começa a fartar. O sofá ja tem covas de estar sempre sentada no mesmo sítio, consegui gastar o plafond da banda larga em menos de um mês, o corpo começa a estar demasiado descansado e o sono desaparece por completo, as séries de televisão repetem-se, os filmes de jeito só dão nos canais codificados, pede-se para fazer breves em desespero, estupidifica-se e a rotina cama-sofá-cama-análises-médico-sofá começa a cansar. Até os cães estão fartos de me ver em casa sem poder brincar e rebolar no chão com eles. Que lhes dizer? "De tanta coisa que havia para estragar, a dona conseguiu dar cabo de uma das veias principais da perna e agora não pode brincar. Só daqui a um mês!". O que vale é que pelo menos um dos cães é suficientemente esperto para me trazer a bola ao sofá. Mais uma vez, o sofá. Estamos há tanto tempo juntos que já lhe devia ter dado um nome. A muleta (que já larguei) era o Oscar e quando fui operada ao pulso o soro era o Eduardo... não perguntem. A culpa é dos medicamentos!
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