A culpa é do Josh Rouse!
Ainda bem por dentro da minha crise de personalidade musical, apeteceu-me ouvir esta música. Já nem me lembrava do nome dela, mas lembrava-me bem dos cheiros que trazia, das imagens e da vontade de dançar ou de conduzir sem destino numa tarde de sol. De Verão ou de Inverno. Ouvi-a vezes sem conta enquanto descorria a lista de concertos de Nova Iorque. Sem razão aparente. Só porque de repente fiquei com uma vontade imensa de lá voltar. Apesar de já lá ter estado este ano. Porque tenho sempre vontade de Nova Iorque, porque esta música me fez lembrar de como é descer a 5º avenida, deslumbrada como se fosse a primeira vez, ou chegar ao Empire State e inevitavelmente olhar para cima como se nunca o tivesse feito. Apetece-me viajar de novo. Entrar num avião cheia de esperanças e ansiedade e regressar cheia de sonhos e com mais uma visão diferente da vida. Estou com uma vontade enorme de sair daqui, ver caras novas e experimentar coisas novas. Apetece-me uma cidade diferente, entrar na mecânica e quando já estou prestes a vir embora achar que já faço parte dela. E se não fosse Nova Iorque, podia ser Londres. Falta-lhe o sol, mas já tenho saudades do metro abafado e de ficar com dores de costas a ver os discos da Sister Ray e da HMV. Podia ser Barcelona, mas Barcelona tem mais piada no Verão. Repito, como já o repeti aqui várias vezes, estar em Barcelona é como andar sem soutien. Liberdade total! Em breve terei Amesterdão, o grau de miníma e os 4 de máxima. Mas apetece-me muito apanhar um avião e não me apetecer voltar. E tudo por causa do Josh Rouse!
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