23.12.07

"Rest My Chemistry"

Desconfio que os Interpol me entendem. Existe uma química qualquer entre nós. E estavamos longe um do outro. Agora que estamos no final do ano e está na altura de fazer listas, começo a pensar na única a que me vou dar ao trabalho de fazer. A de concertos. E o de Interpol apareceu-me numa quarta-feira como outra qualquer. Cansativa, mas suficientemente calma para ter conseguido chegar a tempo da primeira parte. Saí do Coliseu de Lisboa com uma sensação de paz como há muito não tinha. Estava eufórica, cheia de energia. É incrível como estar três horas em pé, dançar, não jantar e ainda subir a pé a avenida da Liberdade até ao Marquês nos dá energia em vez de a tirar. (Serei normal?!?). Não há dúvidas de que gostei (e muito) e de que vou ter de o incluir num lugar cimeiro da minha lista (mas qual?!?), mas mais do que isso, o mais importante foi fechar os olhos e deixar-me levar. A Nova Iorque negra ali mesmo à minha frente. A sensação de peso que nos alivia. As guitarras e duas canções: "Rest My Chemistry" e "The Lighthouse". "Tonight I'm gonna rest my chemistry"...

PS: O esforço para chegar a tempo da primeira parte foi merecido. O concerto de Blonde Readhead foi tão bom como o de Interpol. Igualmente intenso e revelador de uma banda que pouco ouvia. O efeito foi tão bom que já devorei dois álbuns e me apaixonei por quatro músicas. É tão bom estar doente por uma banda!