Istambul
Bastava pôr aqui uma fotografia e quase seria o suficiente para se perceber Istambul. Chamam-lhe a cidade das sete colinas, tal como Lisboa. Quem diria?! Um rio separa a parte velha -a das mesquitas imponentes e das raparaigas vestidas a rigor com lenços na cabeça e casacos até aos pés -, da parte nova - a ocidental, a das lojas de marca, da febre do basquetebol, da Nike, do Burger King e dos hóteis de cinco estrelas.
Na parte velha há gatos como em Lisboa há pombos. São aos milhares, em toda a parte, e são amigáveis como um gato de estimação. Na parte nova há menos gatos, mas há dois ou três cães que não se conseguiram impôr num mundo de gatos. Na parte velha as lojas são de rua como uma feira gigante que se alarga do Grande Bazar para fora e se instala e qualquer esquina. Não há descanso para quem pergunta o preço. Na parte nova, uma avenida sem carros com lojas dos dois lados impulsiona ao consumismo.
Na parte velha os homens das castanhas separam-nas escrupulosamente uma a uma enquanto o ritual de oração é seguido à risca. Cinco vezes ao dia os cânticos muçulmanos enchem a cidade e acalmam até os não crentes ou os não praticantes. São afinados mesquita a mesquita, da mais próxima à mais distante. E lá dentro todos estão coordenados, numa coreografia perfeita - homens à frente, mulheres atrás. À noite enchem os jardins, comem pipocas, chupas chupas improvisados, algodão doce, bebem chá quente à saída da mesquita e desforram-se de mais um dia de jejum.
Assim é Istambul sem a fotografia e durante o Ramadão, altura em que nem os restaurantes para turistas servem bebidas alcoólicas. Assim foi Istambul para mim e para ti num fim de semana quente de Outubro. Istambul a cidade dos gatos, das mesquitas, das orações, da ponte cheia de canas de pesca, dos mercados de cores e das sardinhas, da Cola Turka, dos kebabs, do frango e do arroz pilaf. A cidade cosmopolita e agitada que não perde tradições e ainda está agarrada ao passado. O exemplo perfeito de uma cidade cujo povo aspira ser como todos os outros, mas que quer manter as diferenças.
Na parte velha há gatos como em Lisboa há pombos. São aos milhares, em toda a parte, e são amigáveis como um gato de estimação. Na parte nova há menos gatos, mas há dois ou três cães que não se conseguiram impôr num mundo de gatos. Na parte velha as lojas são de rua como uma feira gigante que se alarga do Grande Bazar para fora e se instala e qualquer esquina. Não há descanso para quem pergunta o preço. Na parte nova, uma avenida sem carros com lojas dos dois lados impulsiona ao consumismo.
Na parte velha os homens das castanhas separam-nas escrupulosamente uma a uma enquanto o ritual de oração é seguido à risca. Cinco vezes ao dia os cânticos muçulmanos enchem a cidade e acalmam até os não crentes ou os não praticantes. São afinados mesquita a mesquita, da mais próxima à mais distante. E lá dentro todos estão coordenados, numa coreografia perfeita - homens à frente, mulheres atrás. À noite enchem os jardins, comem pipocas, chupas chupas improvisados, algodão doce, bebem chá quente à saída da mesquita e desforram-se de mais um dia de jejum.
Assim é Istambul sem a fotografia e durante o Ramadão, altura em que nem os restaurantes para turistas servem bebidas alcoólicas. Assim foi Istambul para mim e para ti num fim de semana quente de Outubro. Istambul a cidade dos gatos, das mesquitas, das orações, da ponte cheia de canas de pesca, dos mercados de cores e das sardinhas, da Cola Turka, dos kebabs, do frango e do arroz pilaf. A cidade cosmopolita e agitada que não perde tradições e ainda está agarrada ao passado. O exemplo perfeito de uma cidade cujo povo aspira ser como todos os outros, mas que quer manter as diferenças.
3 Comments:
entao e a foto??
Fiquei com vontade...
Não quero foto. O texto está bem explícito!
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