23.7.07

Nova Iorque

Estive na minha cidade de Inverno em pleno Verão. Calor insuportável. Húmido. De cortar a respiração. Parti a 7 do 7 de 2007 para a minha sétima visita. Curioso. Fui em trabalho, algo nervosa, e numa perpectiva nova em relação à cidade estrangeira onde mais vezes fui. Passei pelo controle como se já conhecesse o padrão das alcatifas, olhei para o Empire State Building lá bem ao fundo e senti-me como se o visse pela primeira vez (impressiona-me sempre), só liguei o telemóvel quando cheguei ao bafo da rua (para evitar confrontos desnecessários com mulheres polícia), e matei logo saudades do Starbucks. A entrada na cidade foi calma, com pouco trânsito e um ligeiro cansaço misturado com uma vontade enorme de passear naquelas ruas sujas. O hotel, que fazia esquina com a Times Square, tinha vista directa para a lgigantesca loja dos M&M´s. Mas resisti a não me encher de drageias de chocolate de todas as cores assim que lá entrei. Do meu quarto, no baixinho 11º andar, tinha vista para a Virgin e para todas aquelas luzes. Às 4 da manha ainda parecia de dia lá fora. Mas foi graças a essa vista que vi pela primeira vez, às 7 da manhã de segunda-feira, a Times Square despida, sem vivalma e sem luzes. Dos quatro dias que lá estive, apenas deu para aproveitar a cidade no Domingo. Caminhei pelo meio da 6ª Avenida, cortada ao trânsito por causa de uma feira, até à novíssima loja da Apple. Aquele cubo transparente com vista para o Central Park. Passei mesmo à frente da porta do Plaza. O hotel do "Sozinho em Casa II", que agora está a ser transformado num condomínio de luxo, desci a 5ª até ao Empire State, olhei para cima como se nunca tivesse feito e apanhei o metro na 33th street com a Park Avenue, a rua onde vive a Charlotte do "Sexo e a Cidade". Saio no Soho em direcção à Other Music e passo pela sala de espectáculos onde nesse mesmo dia tocariam os Cinematic Orchestra que tanto querias ver. Estava esgotado... menos mal. Soho, Chinatown, muitas malas e um perfume a 18 euros, perdão, 25 dólares, depois, vou em direcção ao Ground Zero. Está diferente, mas continua a ser um assombro. Já nem me lembro de como era aquela zona com as torres. Engraçado como tudo em Nova Iorque nos remete para um filme ou um acontecimento. Alguém me falou disso. É verdade. Antes de lá ter ido já a conhecia. E agora, cada vez que lá vou, é como se vivesse lá temporariamente. Já estou com saudades de novo.