Rabat

Rabat passou por mim como um segundo passa num relógio. Foi rápido. Muito rápido. Fiquei com vontade de voltar lá contigo. Talvez não ali especificamente, mas a Marrocos. Rabat serviu para abrir o apetite em mais uma viagem relâmpago. O chá de menta que me trouxeram ao quarto às 2 da manhã (hora local) estava delicioso e foi a minha companhia numa noite em que o sono teimava em não aparecer. A CNN contava histórias de tiroteios e eu permanecia em frente ao computador, a beber copos e copos de chá. Isto depois de um jantar não muito marroquino e de uns momentos num bar ainda menos marroquino. Ficar num hotel de cinco estrelas tem destas coisas. Mas Rabat é assim. É um hotel de cinco estrelas num país onde todas as outras cidades são pousadas típicas. Rabat tem rotundas verdes, estradas e passeios imaculados, barcos de pesca, clima ameno e uma medina enorme (consta que as há maiores) na qual apenas consegui andar 15 minutos e comprar duas prendas. Uma para a aniversariante e outra para nós. Se assim o quiseres. Se não... fica para ti. Foi lá que consegui aproveitar Rabat fora de uma comitiva de gente importante, enquanto esperava que o primeiro-ministro apertasse a mão ao rei marroquino na cidade onde eu queria estar (e tu já estiveste sem mim!). Foi nesse compasso de espera que consegui ainda alivanhar aquilo que viria a ser uma manchete e apanhar sol na varanda do tal hotel de cinco estrelas, com vista para a piscina onde não mergulhei. Foi assim a minha estreia em Marrocos. Antes de lá chegar já estava de novo na redacção...

PS: Dois dias depois dos meus anos entro de novo num Falcon em Figo Maduro. Sensação de dejá vú e mais uma viagem com o Sócrates. Vou tornar-me especialista em cimeiras norte africanas!