14.2.07

A importância das coisas

Olhei para aquela fotografia o dia todo e suspirei. Foi a última imagem que tive. A do leão a abandonar a arena. Olhei porque quis. Porque quis lembrar o momento em que terminaram três dias preenchidos. Três concertos inesquecíveis (dizem que o três é o número perfeito). Sinto saudades. Estava a precisar das descargas eléctricas, deste tipo de violência física que limpa a alma e dá força redobrada para aguentar os dias. As mazelas, as dores de cabeça, o cansaço acumulado vem depois, mas a sensação é de paz e serenidade à mistura com uma euforia incontrolável de querer bradar aos céus: "eu estive lá!"

Saudades à parte, o balanço é muito positivo. Dos três concertos o melhor, na minha óptica, foi domingo. Segunda foi muito bom também. Foram os melhores alinhamentos e a presença em palco foi mais marcada, agressiva e animalesca. Gostei de ouvir o "Dead Souls" pela segunda vez (a primeira foi em Londres, a 4 de Julho de 2005) e o "Down in It" e o "Last" pela primeira. Gostei de fechar os olhos ao som do "La Mer" e do "Reptile". Gostei de ouvir a guitarra do Aaron North com precisão e a voz do Trent Reznor mais limpa que nunca.

E não! Não estou a dar demasiada importância a isto. Foi de facto importante para mim.

1 Comments:

Blogger AR said...

É importante, sim. Fechar os olhos em "La Mer", acender o isqueiro na "Hurt" e saltar para "tentar apanhar a guitarra do Trent" em "Head Like a Hole"...

..."And when the day arrives
Ill become the sky
And Ill become the sea

And the sea will come to kiss me
For I am going
Home

Nothing can stop me now"

26/3/07 19:38  

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