23.4.07

Domingo, 01h57 da manhã

"Lover had to leave me
'Cross the desert plain
Turned to me his lady
Tell me "lover wait"

Calling Jesus, please
Send his love to me

Oh, wind and rain they haunt me
Look to the North and pray
Send me, please, his kisses
Send them home today

I'm begging, Jesus, please
Send his love to me

Left alone in desert
This house becomes a hell
This love becomes a tether
This room becomes a cell

Mummy, daddy, please
Send him back to me

How long must I suffer?
Dear God, I've served my time
This love becomes my torture
This love, my only crime
Oh lover please release me
My arms too weak to grip
My eyes to dry for weeping
My lips too dry to kiss

Calling, Jesus, please
Send his love to me
I'm begging, Jesus, please
Send his love to me"

PJ Harvey - "Send His Love To Me"

13.4.07

Surpresas

Acho que nunca me tinha acontecido. Desejar algo e ela acontecer. Exactamente como eu queria, e em formato surpresa. Só poderia ser assim. E mais uma vez, deixaste-me sem grandes palavras para dizer. É um dom.

Para toda a blogosfera e para o mundo: Hoje, estou feliz! Verdadeiramente feliz!

Indispensáveis

Quando criei este blogue tinha uma ideia muito clara de que este seria o meu espaço de divulgação. Aqui poderia falar sobre aquele restaurante onde tinha comido muito bem ou sobre uma nova loja de roupa. Mas depressa a coisa tomou outras proporções e de blogue passou a confessionário, ainda que dissimulado. Agora "everything goes!"

Assim sendo, se quiserem (vocês, escassos leitores) dêem uma vista de olhos aqui Iso800 e ali Duas Coisas Muito Importantes. A alma e a escrita no seu melhor. Respectivamente...

5.4.07

301

Foi a velocidade máxima que alguma vez atingi. Quer dizer, se não contarmos com aquela vez em que me despistei e pûs o carro a andar tão depressa que fiquei inconsciente. A sério, a sério, 301 foi a velocidade máxima a que já andei. Dentro de um comboio novinho em folha, com bancos em pele e com imensa comida gordurosa nas bancadas do bar. Valha-nos o chá! Fiz Madrid até quase Barcelona em 2h15 e regressei no mesmo tempo, já quase com um dia de trabalho em cima do corpo. E ainda só era meio-dia. A crueldade que é acordar às 4h30 da manhã com o estômago cheio do jantar da noite anterior, que acabou três horas antes, e mesmo assim ter vontade de conhecer a estação onde alguém se lembrou de fazer explodir uma bomba e de andar a 300 km/h, perdão, 301. Eu vi no velocímetro enquanto espreitava para os carris. Marcou 301. E não se sentia nada. Desconfio se seria do sono e cansaço acumulado? Creio que não. Essa foi, mais tarde, a razão para deixar de sentir o meu corpo. Para começar a arrastar-me ao fim de 16 horas de trabalho. Para ainda não ter recuperado, uma semana depois. Praticamente há uma semana acabava de regressar de Madrid, essa cidade onde havia estado perdida a caminho de Portugal e onde estivera parada minutos antes de partir para Zaragoza. Essa cidade fascinante. Não conhecia Madrid e não fiquei a conhecer, mas vi coisas e gostei. É monumental e até intelectual. Artística. Prometeram-me um regresso em "Setembro ou Outubro". Não me esqueci. Espero que não te esqueças.