28.11.06

Emancipação

Já tenho cartões e comprei um par de sapatos de salto (não muito alto).

26.11.06

De luto

Há mortes que acontecem quando menos se espera. Mesmo que saibamos que ela está para breve, pensamos sempre que não é para já. Mário estava lúcido. Pelo menos nas palavras que proferiu há pouco mais de um mês e que tão bem foram publicadas num jornal de fim-de-semana.

Há mortes que acontecem. Mário Cesariny faleceu hoje.

PS: É um cliché bloguístico, mas apetece-me fazer parte dele.

Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura

Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco

21.11.06

Formalidades [2]

É tarde. Já devia estar na cama, mas perdi-me a ler as breves delícias de uma rapariga. Amanhã (ou daqui nada) acordo cedo e vou ter um dia puxado. No entanto, estou aqui. O meu corpo é teimoso. E tenho exactamente seis minutos para deitar os cães, para a higiene nocturna, pôr o despertador e adormecer.

A justificação para ainda aqui estar: o último post desta casa data de 4 de Novembro. Desde aí já aconteceu tanta coisa digna de ser aqui escrita - um concerto inesquecível, outro memorável, uma aventura por Berlim, com escala em Palma de Mallorca e um concerto pelo meio, um fim-de-semana em Londres, com um dos meus concertos do ano, algumas compras e febre à mistura. Ah, e matar saudades do Starbucks. Uma necessidade de Inverno.

Já só tenho dois minutos. Adormecer vai ser fácil. Escrever sobre tudo isto é que não. Ainda que ninguém leia este blog, prometo relatos a partir de quarta-feira à hora de almoço ou, quem sabe, já amanhã. Antes de ir até à Ota.

4.11.06

Junho e Julho de 2005

29 de Junho e 4 de Julho de 2005 são já marcos na minha vida. O primeiro porque foi o primeiro concerto que vi deles, em Barcelona, numa noite quente, numa sala ainda mais quente a escorrer suor pelas paredes. O segundo porque nunca mais vou esquecer a sensação que foi virar a esquina e ver escrito o nome deles em letras garrafais, no néon da Brixton Academy, em Londres. Não esqueço o que senti no final de cada um dos concertos. Sensação de realização e tudo o mais. E tudo o mais…

Os Nine Inch Nails vêm a Lisboa. Três datas no Coliseu de Lisboa (10, 11 e 12 de Fevereiro). Paro por um momento. Regresso ao Verão de 2005. É bom ter memórias destas. Quero tê-las de novo... Nunca mais é Fevereiro…

O Yoda numa casa de chocolate

Será desta que vou até Óbidos empanturrar-me em chocolate, ficar enjoada e jurar a mim mesma que nunca mais como tanto chocolate na vida, sabendo que estou a mentir? Será desta que vou até ao Festival do Chocolate, deliciar-me com bombons de todos os feitios e tentar entrar na casa feita de chocolate, que é só para crianças. Como eu gostava de trincar uma casa de chocolate… Todas as minhas fantasias culinárias podem realizar-se em Óbidos.

Por falar em fantasias, o Yoda e amigos do lado bom da força, e mais os inimigos do lado negro da força, estão todos no Museu da Electricidade numa exposição. Como está patente até Janeiro, vou deixar passar a euforia e lá para Dezembro vou apertar a mão ao Yoda (é o meu preferido).