29.9.06

Beyoncé, uma exposição e o leilão das vacas

A Beyoncé vem ao Atlântico! É só no dia 24 de Maio de 2007 e fazer planos com esta atecedência não é lá muito bom, mas vou estar lá de certeza. Sempre gostei da rapariga e agora ainda gosto mais. Este novo álbum está interessante (para já digo isto, porque ainda não ouvi com a atenção devida) e há uns dias vi uma entrevista dela na MTV e digo-vos que fiquei impressionada com a atitude e lucidez da moça. Nem sequer é daquele tipo de americana que começa cada resposta com "You Know..." (o nosso "É assim..."). Agora só falta mesmo vir cá a Missy Elliot (ela vai andar pela Europa, quem sabe) e o Justin, o "puto" que fez um álbum de "homem". Venha ele que também lá estarei de certeza.

Antes da Beyoncé vir abanar o seu "booty" para o Parque das Nações, vão passar por lá as vacas do Cow Parade, para o esperado leilão. A base de licitação de cada vaca são os 1.500 euros (!!!), mas é para doação a instituições. Quem tiver o dinheiro chegue-se à frente. O evento é no dia 30 de Setembro, ou seja, amanhã, a partir das 17 horas, debaixo da pala do Pavilhão de Portugal. Nem todas as vacas que estiveram expostas pela cidade vão estar para venda, mas por exemplo está lá a Chococow, a Cowmões, a Knocowt e até a vaca do Benfica, a Gloriosa, como não podia deixar de ser! (para ser lido com um tom de malícia). Não me importava de levar as geniais Chococow e Cowmões para casa.

Curiosamente, agora que perdi algum tempo a ver as vacas e os seus "donos" apercebi-me de uns pormenores interessantes. Por exemplo, o Macdonald´s patrocionou uma série de esculturas, e uma delas chama-se Cow-Passion e outra Eu adoro isto. A vaca da Cervejaria Portugália tem um ovo estrelado em cima e a vaca da Cimpor chama-se Cidade Paradisíaca. Tirem as vossas conclusões.

Para finalizar, a exposição. Tratam-se das obras de João Paulo Feliciano, artista plástico que pertenceu a uma banda chamada No Noise Reduction, com Rafael Toral, e que antes fundou os Tina & The Top Ten. A mostra vai estar patente na Culturgest, naquele edifício enorme da Caixa Geral de Depósitos, ao pé do Campo Pequeno. O trabalho agora apresentado remete para a música pop, e pode ser vista de 30 de Setembro a 30 de Dezembro. A entrada custa apenas dois euros.

O cartaz cultural termina a sua emissão de hoje.

PS: Esteve a dar, mais uma vez, o "Summer of Sam" na RTP 1, a Spike Lee Joint. Cada vez gosto mais deste filme, cada vez gosto mais do Spike Lee e cada vez gosto mais do Adrian Brody. Este filme é fabuloso e viciante. Tirou-me o sono mais uma vez. E é sempre bom ver as ruas de Nova Iorque, ainda que nos anos 70.

28.9.06

Café Royale

Descendo do Teatro da Trindade em direcção ao Largo do Carmo chega-se a um larguinho, de tal forma atabalhoado de carros que a sua beleza passa despercebida. Do lado esquerdo fica o Café Royale. Está bem identificado com um toldo cinzento, por isso não tem nada que enganar. É um r/c antigo, remodelado, com um pátio interior ao fundo, ambiente muito agradável e pacífico com música a condizer. Mas o principal é a comida: O muffin de chocolate com creme de chocolate derretido, o pão de cereais, o requeijão com doce, as sopas, o chá frio e uma série de outras iguarias deliciosas. Postava aqui a ementa, mas não a tenho, por isso faço o convite e passo a publicidade. Eles agradecem.

Café Royale - Largo Raphael Bordallo Pinheiro, 29, Chiado
Tel. 213469125
royalecafe@netcabo.pt
HORÁRIO: segunda e terça: 10.00 às 20.00
quarta a sábado: 10.00 às 24.00
domingos e feriados: 10.00 às 20.00

15.9.06

Icone Shop

Mais uma loja. Mas esta é online e apenas online. Por enquanto. Chama-se Icone Shop e pode ser encontrada em www.icone-shop.com. Vende t-shirts, malas e outros acessórios, tudo artigos de design simples (a simplicidade é sempre o melhor). São peças personalizadas, únicas, de assinatura... enfim, como queiram. Trocando por miúdos, não há t-shirts ou malas daquelas em mais lado nenhum. O projecto é recente, mas muito interessante e os artigos são baratos. Essencial. O link está em cima e o resto já sabem.

13.9.06

Marimekko

Abriu há pouco mais de dois meses no Chiado, mais precisamente ao fundo da Rua Ivens, perto das Belas Artes. É uma loja de design finlandês, ou melhor, de designers finlandeses, que vende uma grande miscelânea de artigos com assinatura. Grandes almofadas, chávenas de chá, malas de pele bonitas de tão simples que são, cadernos de notas que nem dão vontade de escrever, casacos, saias que parecem pintadas a aguarelas, entre tantas outras "coisinhas" apetecíveis. O preço é puxadote, mas nada comparável com uma Hermés. Estão mais na onda de qualquer loja do Bairro Alto. Por isso não é desculpa.

http://www.marimekko.com

6.9.06

"Immortality"

Quando as luzes do Atlântico se acenderam ontem por voltas das 00.30 apercebi-me, que à semelhança do que se passou em Cascais há dez anos, não assisti a dois concertos dos Pearl Jam, mas sim a um. Um combo. Não me perguntem qual foi melhor ou qual foi a sessão de terapia que surtiu melhores efeitos. Ontem, o momento continuou a ser de purgação. Ontem os Pearl Jam não só cantaram de novo o Black, como me presentearam com três sequências de génio. A primeira com o "Dissident" e o "Even Flow"; a segunda com o "Whipping" e o "State Of Love And Trust" e a terceira, já no primeiro encore, com o "Once", "Footsteps" e "Alive". O Footsteps foi duro... Lá pelo meio tocaram o "Garden"... e sim, foi mais um momento difícil de digerir. Os dias 4 e 5 de Setembro ficam para a história, não só minha, mas de todos aqueles corpos que se abanaram e que gritaram pelos Pearl Jam.

Eles que estavam visivelmente no seu melhor e que pareceram de novo animais de palco, em toda a sua força e vitalidade. Rótulos, hypes ou ódios à parte, os Pearl Jam estão bem firmados no mundo da música. Não há banda como esta... dentro do seu estilo, cada vez mais próprio.

Confesso que via um terceiro concerto. Para ouvir o "Immortaliy" e o "Indifference"...

Surpresas

Ainda no rescaldo daquele que foi um dos melhores concertos do ano para mim (os Tool já cá estiveram e vão estar de novo... não arrisco fazer um top três), tenho a dizer que os My Morning Jacket foram uma das melhores primeiras partes que alguma vez vi na vida. Merecem um palco só para eles numa qualquer sala intimista deste Portugal. E digo isto hoje porque na segunda-feira tive o infortúnio de chegar a tempo de os ouvir dizer "Obrigado. Goodbey". Mas ontem, terça-feira, a segunda noite de Pearl Jam, cheguei a horas (em cima da hora, aliás) e gostei muito do que vi. Foram discretos, coesos, enérgicos, não fisicamente mas na forma como tocavam. Vou finalmente prestar mais atenção ao álbum e assumir que ando com queda para o progressivo e para o rock psicadélico...

5.9.06

"Teenage wasteland"

Eu canto mal, muito mal… mas ontem cantei e berrei, quase como eles dizem naquela canção que não tocaram: “I will scream my lungs out till it fills this room”. Não me importei se me ouviam e pensavam no quanto eu desafinava… nem me cheguei a ouvir, tal era a berraria colectiva. O concerto dos Pearl Jam, o primeiro de dois, foi uma espécie de purgação, principalmente no “Alive”, no “Black”, no “Even Flow”, no “Animal”, no “Why Go”, no inesperado “Drop the Leash” ou no ainda mais inesperado “Crazy Mary”. Este foi o momento depurativo por excelência… “Take a bottle, drink it down and pass it around…”.

Durante duas horas despimo-nos de preconceitos, falámos com desconhecidos, suámos em bica, saltámos, berrámos e libertámos o espírito e a mente. Purgação. Física e emocional. Quem é que precisa de terapia?!

Foi bom, muito bom. Foi magnífico. Gostei da energia em palco, que me fez lembrar Cascais há dez anos (10!!!), gostei do esforço para falar português, gostei de ouvir (e cantar) o Baba O´Riley e até gostei da dor de pernas e de cabeça que trouxe para casa. Hoje estou lá de novo. Para mais uma sessão.